O El País noticiou que Maurício Rands, um dos coordenadores do programa de Marina Silva, fez nos Estados Unidos um discurso conciliador na esfera diplomática e próximo das demandas da comunidade empresarial norte-americana em relação ao Brasil. A maior delas é a promoção de um tratado de livre comércio entre a primeira e a sétima economia mundial, cujo intercâmbio comercial não parou de crescer nos últimos anos.
O ex-deputado apostou em “esforços” para chegar a esse tratado, admitiu que não seria simples, mas se mostrou confiante de que uma nova liderança em Brasília o facilitaria.
Rands falou de uma “margem” ampla de avanço nas relações entre os dois gigantes. Traçou paralelismos entre Obama e Marina. “As duas campanhas trataram de sobre mudança e esperança”, destacou, lembrando que a candidata do PSB seria a primeira presidenta negra do Brasil, como Obama foi nos EUA.
No terreno econômico, seguindo pontos do programa de Marina, defendeu a simplificação de impostos, a eliminação da burocracia e, de modo geral, maior abertura da economia brasileira, que tem perdido impulso nos últimos anos.
No campo diplomático, disse que, se for eleita presidenta, a líder ambientalista impulsionaria uma política externa “muito aberta”, porque o Brasil pode desempenhar um “papel maior” nas grandes questões mundiais, mais distanciado do multilateralismo de Dilma e propenso a acordos regionais e bilaterais.
O deputado conhece bem o assunto e teve a intenção de distensionar o diálogo entre os dois países, travado desde o episódio da espionagem de órgãos americanos no Brasil.