Os contratos de dívida dos estados com a União estão entre os pontos de indexação da economia que ficam esquecidos quando a inflação está baixa, mas voltam à tona quando há pressões sobre os preços. Diante da alta do IPCA e da previsão de que fechará o ano próximo do teto da meta fixada pelo governo, de 6,5%, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a falar da importância de se trabalhar uma agenda de desindexação. Para ele, é preciso reduzir o atual nível "desconfortável" de indexação da economia, começando por serviços, como aluguéis, que são corrigidos pelo IGP-M. Também estão na gaveta propostas como trocar indexadores da dívida pública, sobretudo a taxa Selic, e alterar a remuneração da poupança, fixada hoje em TR mais 6%. Neste caso, a ideia seria fazer com que o retorno dos poupadores variasse de acordo com a flutuação dos juros. (O Globo)