A sensação generalizada de presidentes de bancos centrais dos principais emergentes, reunidos ontem na Basileia, foi de que a economia global está entrando num período prolongado de baixo crescimento econômico e seus países estão ameaçados também. Os BCs dos emergentes querem que os países desenvolvidos se coordenem para tentar estabilizar a economia. Consideram que a teoria de descolamento dos emergentes em relação aos desenvolvidos está perdendo força, e a crise começa a atingir alguns pelos canais financeiros, como nas quedas das bolsas, e do comércio, pela redução de exportações. "A mensagem é de que os EUA e a Europa têm que agir juntos mais cedo do que tarde, porque senão o preço da crise vai custar alto demais", disse ao Valor um presidente de banco central asiático. Um alto funcionário de BC foi além: "Os desenvolvidos não sabem como sair da crise. Isso vai terminar mal".