A data é simbólica, mas significativa. Na segunda-feira, dia 31 de outubro, a população mundial chegará à marca de 7 bilhões de habitantes. Isso ocorre apenas doze anos depois de atingir 6 bilhões, segundo a Organização das Nações Unidas. O relatório da ONU aponta também que, em 2050, esse número deve alcançar 9,3 bilhões e dobrar até o final do século 21 se for mantido o ritmo atual. Esse crescimento tem uma particularidade: pelo menos nos países mais desenvolvidos, a proporção de adultos que trabalham está diminuindo em função da baixa taxa de natalidade e o aumento da expectativa d e vida. "Esses fatores começam a desafiar a economia, a saúde e a segurança financeira desses países", afirma Alberto Augusto Jakob, pesquisador do Núcleo de Estudos da População da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na outra ponta, a ásia está se tornando o continente mais populoso devido à alta taxa de natalidade. Tanto que o nascimento de um bebê na índia, país cuja taxa ainda é de 2,7 filhos por mulher, será escolhido como símbolo da data histórica pela ONU. A índia passará a China em poucos anos em termos de popu- lação Atualmente, as duas nações têm isoladamente 21% e 17% da população mundial, respectivamente. Nesse aspecto, o Brasil é mais favorecido que os outros países do Brics. "Estamos vivendo em um momento bom, com menor número de idosos e com uma população economicamente ativa que deve dura r até por volta de 2050", diz Jakob. "Por isso mesmo, está na hora de desenvolver políticas adequadas, visando a educação de jovens para poder ter mais qualidade de vida no futuro." (Brasil Econômico)