Apesar desse aumento as empresas ainda sofrem sérias dificuldades em se preparar para atender a demanda da Petrobras, atrasando assim, o ritmo de investimento. A política de conteúdo local da estatal brasileira exige, em média, que 65% dos componentes em equipamentos tenham origem no Brasil. O motivo do desequilíbrio na demanda, segundo especialistas, está na falta de capacitação tecnológica dos potenciais fornecedores para o setor dentro do país. Outro desafio na área é a falta de mão de obra – ou seja, engenheiros. O setor precisaria hoje de mais 40 mil engenheiros para acompanhar o cronograma de projetos de óleo e gás previstos no Brasil.
Uma das soluções foi apresentada pela Organização Nacional de Petróleo (Onip). A Onip desenvolveu o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores que tem como objetivo principal o aumento de conteúdo local na produção de equipamentos, em bases competitivas e sustentáveis elaborando projetos para solucionar gargalos de fornecimento, desenvolvendo no Brasil equipamentos que ainda são importados.
Com tudo a intenção da Petrobras não é diminuir o apoio e nem a adesão de conteúdo nacional em seus projetos. A presidente, Maria das Graças Foster, diz não pretender mudar a forma de agir e não vai diminuir a exigência de conteúdo nacional em seus projetos. A presidenta Dilma completa afirmando que até 2015 a Petrobras vai investir mais de US$ 220 bilhões na exploração e produção de petróleo e gás, em petroquímica, refino, transporte e na comercialização e frisou a importância de se comprar insumos, equipamentos e produtos no mercado brasileiro.