A freada brusca das exportações brasileiras à China no primeiro bimestre do ano reforçou as previsões de queda expressiva no superávit comercial do país neste ano. Em 2011, a balança comercial do país teve saldo positivo de US$ 29,6 bilhões. Para 2012, as projeções apontam um resultado 30% a 65% menor. Para alguns analistas, o crescimento de apenas 0,3% nas vendas brasileiras para a China no primeiro bimestre em relação a igual período de 2011 resulta mais da desaceleração na atividade do parceiro asiático do que de problemas locais, como uma menor produção do minério de ferro em janeiro após as chuvas em Minas Gerais e preços menores da commodity. Com a economia em desaceleração, a demanda chinesa por produtos básicos estaria, enfim, perdendo fôlego. Em 2011, as exportações brasileiras à China cresceram 46% em valor, para US$ 44,3 bilhões, e 7,9% em volume. (Valor Econômico)