O governo se saiu bem no Senado, mas patinou na Câmara na estreia de seus líderes nas casas, Eduardo Braga (PMDB-AM) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), respectivamente. No Senado, Braga conseguiu aprovar sem problemas a medida provisória 547/2011, que trancava a pauta e caducaria hoje. Já na Câmara, Chinaglia viu a Frente Parlamentar da Agricultura ganhar mais adesões, inclusive a do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), empurrando a votação da Lei Geral da Copa para depois da apreciação do Código Florestal, o que o Planalto não quer. Para explicitar a insatisfação do PMDB com o tratamento recebido da presidente Dilma Rousseff, o comando do partido decidiu fazer "corpo mole" na votação da Lei da Copa, incentivando rebeldes das bancadas evangélicas e ruralistas. A vida de Braga foi facilitada por conta do tema da MP 547, que institui a Política Nacional de Defesa Civil e trata também do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e do Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil, de interesse de todos os estados. Braga visitou ontem o senador Blairo Maggi (MT), líder do PR no Senado. A bancada de senadores do PR se declarou independente, porque não conseguiu reaver o Ministério dos Transportes. Braga negocia a volta desses senadores à base. (O Globo)