O déficit comercial dos bens típicos da indústria de transformação brasileira deu um salto de 37,1% este ano. O rombo passou de US$ 25,7 bilhões, no acumulado de janeiro a setembro de 2010, para US$ 35,3 bilhões, agora. é o pior resultado para o período na série histórica acompanhada pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), que começou em 1989. O saldo negativo na balança comercial da indústria é puxado pela categoria de bens de média-alta tecnologia, formado por setores dinâmicos como bens de capital, automóveis e produtos químicos (exceto farmacêuticos), cujo déficit atingiu o recorde de R$ 38,3 bilhões. O número representa alta de 36,1% em relação ao resultado negativo dos três trimestres iniciais de 2010, de US$ 28,145 bilhões. "Nossas exportações não estão brilhantes, mas crescem, só que as importações estão vindo rachando", diz Júlio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e atualmente economista do Iedi. (O Estado de S. Paulo)