O financiamento público exclusivo das campanhas é a principal aposta dos trabalhadores na reforma política discutida no Congresso. A Central única dos Trabalhadores (CUT) prevê uma maior unidade e consenso dos segmentos sociais em torno dessa proposta. – A nossa avaliação é que, ao manter o atual sistema eleitoral, só vai ser eleito nesse país quem tiver muito dinheiro – ressaltou o presidente da entidade, Arthur Henrique. Segundo o sindicalista, dos 513 deputados da Câmara, mais de 300 estão ligados a empresas ou foram financiados por elas, o que diminui a representatividade das classes sociais no Congresso. Outra sugestão da CUT é a votação em lista, que intercalaria as candidaturas de homens e mulheres, garantindo a ampliação da participação feminina na política. Para o presidente da CUT, a lista de candidatos tem o caráter de democratizar e de fortalecer os partidos políticos. (Zero Hora)