Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara
Líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) avisa que ação do governo, nos bastidores, com o objetivo de articular um nome alternativo deixará sequelas. Durante almoço com aliados, Cunha subiu o tom contra a manobra do governo, onde seu nome é considerado desafeto da presidente Dilma.
Segundo o Valor Econômico, em almoço com deputados do Solidariedade (SD), o pemedebista reagiu: “Querendo ou não querendo, o PMDB é um partido da base. Querendo ou não querendo, sou o líder do partido. Então à medida que o governo se intromete, não está se intrometendo contra uma candidatura, está contra toda a bancada do PMDB”, disse.
No almoço, parte do esforço para consolidar o apoio dos partidos do “blocão”, o líder do PMDB respondeu a perguntas dos deputados por pouco mais de uma hora, prometeu não travar a tramitação de projetos e pregou a independência dos poderes. O “blocão” é um grupo informal criado no começo do ano para pressionar a presidente Dilma Rousseff na reforma ministerial.
O governo atendeu parte dos pedidos e desidratou o grupo, em que restam PR, PSC, SD, PTB e PMDB. Na semana passada, os líderes destes partidos, que elegeram juntos 152 deputados, aderiram à candidatura de Cunha para a presidência da Câmara, e agora consultam suas bancadas para confirmar o apoio.