O governo Cristina Kirchner enviou ao Congresso um projeto de lei que pretende reformar o código civil e comercial, abrindo portas para a conversão em moedas locais de todas as dívidas e obrigações em dólar.

O projeto de lei impulsionado por Cristina, que está tentando desdolarizar a economia para frear a saída de capitais que debilitou as reservas do Banco Central, chegou ao Senado na semana passada.

A mandatária argentina adiantou que não pedirá aos parlamentares da base aliada, que controlam a Câmara e o Senado, que apressem a sanção da reforma do código civil e comercial. Ela deseja que ocorra um amplo debate do projeto com a oposição.

A norma demorará de um a dois anos para entrar em vigor, e afetará todos os contratos e obrigações existentes. 

O envio do projeto ocorre em meio a um ambiente político adverso para a presidente Cristina Kirchner. Segundo a mais recente pesquisa da consultoria Management & Fit, a popularidade de Cristina caiu 25 pontos percentuais após seis meses da posse de seu segundo mandato.

De acordo com a sondagem, a imagem positiva da presidente caiu de 64,1% para 38,9%. A queda estaria vinculada aos escândalos de corrupção que envolvem integrantes do governo e à piora da economia argentina.