Nem tudo está perdido apesar da crise que atinge o Ministério do Esporte – e que passou também pelo Turismo -, pastas com função-chave na preparação do país para recepcionar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Representantes de setores ligados diretamente a elaboração dos planos para os megaeventos acreditam que esse cenário é pontual e não deve provocar obstáculos. Flávio Dino, presidente da Embratur – e cotado para assumir a vaga de Orlando Silva -avalia que a situação está sob controle. "Nós lamentamos esses problemas, mas a tarefa de preparar o país para os eventos em primeiro lugar é do governo, que continua o mesmo. Ain-da assim, os próprios ministérios atingidos por esses processos de denúncias não estão paralisados", afirma Dino. De acordo com Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sinduscon-SP, uma troca de ministros no Esporte não deve significar problemas. "A realização dos eventos requer planejamento bastante grande, e como são de longa maturação seria desejável termos uma continuidade administrativa. Porém acredito que isso não depende exclusivamente da pessoa do ministro, pois existe uma estrutura que deve conservar os planos já estabelecidos." Zaidam acrescenta ainda que mesmo se houver necessidade de pequenos ajustes na pasta, existe tempo hábil para isso. "Ainda temos bastante tempo para colocar as coisas andando em um bom ritmo para não atrapalhar os preparativos dos eventos." A crença de Zaidan, representante da construção civil, é compartilhada também por José Ernesto Marino, presidente da BSH consultoria de turismo. "Mesmo sem Orlando Silva no cargo, nada vai ser modificado, pois toda estrutura do ministério já está trabalhando com padrões pré-estabelecidos", diz. (Brasil Econômico)