O aprofundamento da crise na Europa, com risco de colapso no sistema bancário da Grécia, e a desaceleração abrupta na China encontram a economia brasileira ainda frágil e podem prejudicar a retomada do crescimento no segundo semestre. Por outro lado, também podem encurtar o caminho para a realização do objetivo da presidente Dilma Rousseff, de levar a taxa básica de juros (Selic) para a casa dos 2% reais até 2014. O crescimento da atividade no primeiro trimestre foi aquém do esperado – fontes oficiais mencionam algo em torno de 0,5% sobre o trimestre anterior – e, pelos indicadores antecedentes, não houve reação em abril nem está havendo em maio. A recuperação da economia brasileira, mesmo depois da acentuada queda da taxa de juros e dos estímulos fiscais já concedidos, está mais atrasada do que contava a área econômica. O PIB, este ano, não será muito melhor do que os 2,7% de 2011. (Valor Econômico)