A sucessão de escândalos no Senado, deflagrada com a denúncia de que a Casa tomou centenas de decisões administrativas por meio de atos secretos, já provoca reflexos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A avaliação é do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). 'Eu tenho a impressão de que essas dificuldades administrativas que são atribuíveis ao Senado têm prejudicado o seu funcionamento legislativo', declarou Mendes, que acumula a presidência do CNJ. O Senado não submeteu ainda ao crivo de seu plenário a escolha dos novos integrantes do órgão que tem a missão de fiscalizar o Judiciário. No último domingo expirou o mandato de 12 dos 15 conselheiros do CNJ, que, esvaziado, não pode deliberar sobre importantes resoluções que tratam do cotidiano dos tribunais. 'São esses problemas existentes hoje que vêm sendo revelados pela mídia e que certamente devem estar afetando o funcionamento do Senado', disse o presidente do STF.