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Crise de falta de notícia

Tombini
O dólar terminou o dia valendo R$ 2,59, o maior preço em nove anos, depois de haver escalado a cotação de R$ 2,60. Há forte influência das especulações sobre a escolha do ministro da Fazenda nesse movimento.
Nelson Barbosa desmentiu que tenha sido convidado, a mídia fez silêncio sobre Henrique Meirelles e a presidente convidou Alexandre Tombinipara acompanhá-la na reunião do G20. Na ausência de informações concretas sobre a formação do novo ministério, as três notícias se impuseram, misturadas à entrega de cartas de demissão de ministros e repercussão sobre os problemas da agenda legislativa.
Se o nome do presidente do Banco Central for confirmado, haverá duas leituras: 1) a presidente manterá o estilo do primeiro mandato,pautado por forte influência de Dilma nos rumos da política econômica; 2) mais importante que isso, significará que ela rejeitou a proposta do ex-presidente Lula de nomear um nome com grande capacidade de diálogo com o mercado.
As definições parecem ter sido adiadas para a próxima semana. E a ausência delas será ocupada pela imaginação de políticos e operadores. O enredo que foi para a mídia no dia seguinte à eleição dizia que o governo tinha pressa para montar o ministério como antídoto ao pessimismo.
Vinte dias se passaram e nada aconteceu. É como se o mundo político vivesse uma crise de abstinência notícia.