Mais uma previsão para frustrar o presidente Lula. A Fiergs prevê crescimento de 3,8% do PIB em 2007. Mas o presidente ainda acredita em 5%.
Da Agência CNI:
O crescimento mundial e o aumento do consumo interno impulsionarão a economia brasileira em 2007. A previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça entre 3,4% e 3,8% no próximo ano, disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, nesta terça-feira, 5 de novembro, durante a apresentação do Balanço 2006 e Perspectivas 2007 na sede da entidade, em Porto Alegre.
Conforme o documento da Fiergs, as exportações do país também continuarão aumentando, embora em ritmo mais moderado do que nos anos anteriores. A expansão das vendas externas deve ficar entre 5% e 8%. As importações, porém, devem crescer mais, o que reduzirá saldo da balança comercial.
Segundo o presidente da Fiergs, o Rio Grande do Sul poderá crescer a um ritmo semelhante à média do país. Tigre destacou a importância do novo pólo de tecnologia e do moveleiro florestal. “Uma economia forte e diversificada vai gerar emprego e renda”, disse ele. Conforme o estudo da Fiergs, o PIB do estado deverá crescer entre 2,5% e 4,5% em 2007.
Tigre explicou que o desempenho do setor primário e uma nova realidade cambial, somadas às boas perspectivas do cenário nacional, farão com que a economia gaúcha tenha melhores indicadores ao longo do ano. “As exportações industriais já mostram sinais de recuperação”, comentou.
Mas esse cenário não deverá beneficiar todas as regiões do estado num primeiro momento. Conforme o estudo, haverá bolsões de desenvolvimento em um primeiro momento na Serra, na Região Metropolitana, no Vale do Rio Pardo e no Noroeste. No final do ano, porém, o crescimento deverá se disseminar por todo estado.
O índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), medido pela Fiergs, deverá crescer entre 5,2% a 7,8% em 2007, muito acima da estimativa de quada de 6,5% de 2006. A dinâmica do emprego no setor industrial do Rio Grande do Sul também deverá apresentar mais de uma fase. Na primeira, com a retomada das vendas, as indústrias tendem a aumentar as horas trabalhadas. Em um segundo momento, começarão as contratações, iniciando-se a recuperação das cerca de 10 mil vagas perdidas em 2005 e 2006.