A Coreia do Norte concordou ontem em suspender seus testes nucleares, além do enriquecimento de urânio, e finalmente permitir a volta dos inspetores internacionais a suas instalações atômicas. Os compromissos foram alcançados em um acordo com os EUA, que, em contrapartida, fornecerão 240 mil toneladas de alimento aos norte-coreanos. A notícia do pacto foi inicialmente divulgada pela imprensa estatal de Pyongyang e, em seguida, confirmada pelo Departamento de Estado dos EUA – os dois países vinham negociando a portas fechadas na China. O compromisso alcançado pode pôr fim a anos de um impasse que permitiu aos norte-coreanos prosseguir com seu programa nuclear livres de controles externos. O governo Barack Obama qualificou os novos passos como "importantes, mas limitados". As autoridades americanas destacaram que o avanço poderá começar a desatar o nó do programa norte-coreano dois meses após a morte do ditador Kim Jong-il. O líder de Pyongyang foi substituído por seu filho Kim Jong-un, de 28 anos, e Washington vinha acompanhando de perto a sucessão para saber se a mudança teria efeitos no comportamento do regime. (O Estado de S.Paulo)