às vésperas da reunião da presidente Dilma Rousseff com o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, marcada para amanhã, um inexplicável desentendimento na articulação entre o governo e os líderes da base aliada no Congresso fez com que o país atrasasse ainda mais a votação da Lei Geral da Copa. O projeto não só teve a votação adiada para a semana que vem como também perdeu o artigo que libera a comercialização de bebidas alcoólicas, um compromisso assumido pelo país com a Fifa quando se candidatou a sediar o Mundial. Um encontro à tarde entre o novo líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), líderes dos partidos aliados e a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi o pivô da confusão. Ao deixar a reunião, Chinaglia informou que, para o governo, não havia uma obrigatoriedade em se comprometer com a venda de bebida. O líder teria se baseado em informações das assessorias de Ideli e da Casa Civil, que também participaram do encontro. Teoricamente "liberados" pelo governo, alguns líderes dos partidos comemoraram – há uma pressão considerável contra a comercialização de álcool nos estádios. O artigo saiu do texto e a votação ficou para quarta-feira da semana que vem. (Correio Braziliense)