Os cortes orçamentários anunciados pelo governo Dilma Rousseff, que atingiram inclusive o Ministério da Defesa, não impedem que o Planalto dê continuidade ao projeto de equipar as Forças Aérea Brasileira (FAB) a partir da compra de 36 caças. O projeto de aquisição das aeronaves foi acelerado durante o governo Lula, mas acabou relegado a segundo plano no primeiro ano da gestão Dilma. Está pendente o modelo de avião a ser adquirido. Além de critérios técnicos e financeiros, afinidades no tabuleiro da política internacional pesam na definição. Depois de mais de um ano de silêncio do Planalto sobre o tema, o ministro da Defesa, Celso Amorim, agora acena com uma decisão ainda no primeiro semestre. Conhecida como programa F-X2, a proposta do governo brasileiro para aquisição da próxima geração de aeronaves de combate entrou na etapa final. Há motivos para essa aceleração da contratação. A janela de oportunidade permanecerá aberta apenas por mais seis meses. Depois de setembro, será difícil para qualquer dos três finalistas iniciar a entrega dentro do novo prazo, entre 2015 e 2016. A contar do momento do anúncio do vencedor, até a assinatura do contrato principal e dos compromissos acessórios, a negociação vai exigir um ano de ajustes. Nesse período o governo não fará nenhum pagamento. (Zero Hora)