O secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, admitiu que os aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que voltam para o mercado de trabalho poderão ter, no futuro, alguma compensação financeira pelo fato de continuarem contribuindo com o Regime Geral de Previdência Social. Como o sistema é solidário, ele defende a adoção de "uma forma de retribuição" aos aposentados que continuam contribuindo com a Previdência por causa do vínculo com o empregador. Mas ressalvou que "muitos estudos são feitos, há discussões, mas não existe nenhuma posição definida sobre isso ainda". Rolim falou sobre o assunto ao comentar a questão da desaposentação, que é o retorno do aposentado ao mercado de trabalho, com a desistência do benefício. Dessa forma, o trabalhador consegue contar mais tempo de serviço para requerer, adiante, nova aposentadoria, com valores maiores. O tema é motivo de centenas de ações na Justiça que, em primeira instância, costuma dar ganho de causa aos desaposentados. A desaposentação está sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal. O secretário argumenta que o governo é contra a desaposentação porque "é insustentável do ponto de vista financeiro" e que "não é uma coisa justa, cria um problema gerencial enorme para o INSS". (Agência Brasil)