Da Revista Istoé:
A espera está perto do fim. A partir da manhã da segunda-feira 7, alguns dos mais importantes políticos, cientistas e ativistas do mundo darão início aos debates que poderão decidir o futuro da Terra e de todas as espécies que a habitam. Apesar das polêmicas e das muitas opiniões contrárias, é consenso entre a comunidade científica que, se não tomarmos nenhuma atitude concreta para reduzir as emissões de gases-estufa, nosso planeta deverá ficar 2ºC mais quente ao final do século XXI. As consequências podem ser catastróficas e incluem o aumento do nível dos oceanos devido ao derretimento das calotas polares, a desertificação de áreas férteis e a redução dos estoques naturais de água potável, que levaria a uma queda drástica na produção de alimentos, entre muitos outros danos.
A COP15 é uma das últimas chances de diálogo franco e pacífico entre nações poderosas e outras em situação bastante difícil. Liderada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a delegação brasileira deve ficar no olho do furacão graças à projeção internacional alcançada pelo País nos últimos anos e às nossas riquezas naturais. Enquanto os mais pobres esperam uma posição de liderança por parte do Brasil, os países do G-8 prometem cobrar ações concretas de nossos políticos inclusive no ponto mais delicado das discussões: o inevitável custo financeiro das iniciativas capazes de deter o aquecimento global.