A escalada dos preços dos combustíveis é um fator adicional ao temor do governo ante o comportamento da inflação neste momento, em que o IPCA acumulado em 12 meses está perto de estourar o teto de 6,5% da meta oficial. Também preocupam a equipe econômica a disparada das cotações das commodities em geral e os repasses dos reajustes, de abril e maio, dos preços administrados, entre os quais planos de saúde, água e energia elétrica. Os preços das commodities não cedem desde o ano passado. Nos últimos 12 meses, as cotações dos produtos agropecuários subiram 58,65%, com destaque para carne bovina, algodão e trigo. Entre os metais, como alumínio, minério de ferro e cobre, a alta foi de 16,67%. No setor de energia, formado por petróleo, gás natural e carvão, o acumulado é de 22,4%, segundo dados do mercado.