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Collor derrota PT com apoio do PMDB e clima esquenta no Senado

O ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) foi eleito, nesta quarta-feira, presidente da Comissão de Infraestrutura da Casa. Apesar de pertencer a um partido cuja bancada é menor (7) que a de sua concorrente (13), Ideli Salvatti (PT-SC), o alagoano se beneficiou de um acordo feito no início do ano para a eleição do atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).

Foram 13 votos a 10 para Collor que contou com o apoio dos senadores do DEM e do PMDB. Ele justificou as criticas da petista que alegou que, nos outros colegiados, a proporcionalidade das bancadas esta sendo respeitada para indicar parlamentares para uma comissão. “Se este parlamento decide suas questões pelo voto, se é pelo voto que se constrói e se consolida o sistema democrático, nada impede a disputa”.

Mas o clima esquentou antes mesmo da vitória de Collor. Durante seu discurso de justificativa para candidatura, o alagoano não economizou elogios para Ideli. Ele a qualificou com uma parlamentar conciliadora que “cisca para dentro”. Mas as ambigüidades dos elogios causaram certo furor nos petistas. O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), interveio e pediu que Collor retirasse a expressão. O senador do PTB afirmou que não havia qualquer ofensa a Ideli e que a expressão é comum no Nordeste. Mas Collor acabou cedendo e retirou o que disse.

Aliado do governo, o PMDB explicou através do líder da legenda na Casa, Renan Calheiros (AL), que o motivo de não ter apoiado o PT foi mesmo a aliança feita com o PTB para a eleição de Sarney. “O PMDB assumiu compromissos com os quais não pode abrir”.