Com medidas ao gosto dos produtores rurais, o relatório do novo Código Florestal brasileiro aprovado na noite de terça-feira (6) no plenário do Senado ganhou a defesa explícita da bancada ruralista da Câmara, em especial de parlamentares do PMDB. Várias das reivindicações feitas pelo setor estão contempladas. Atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente (APPs) foram permitidas. As plantações podem continuar ocupando topos de morro e áreas inclinadas. A produção de camarão continua em apicuns, que são extensões de mangues. Multas por desmatamento serão perdoadas. O texto volta para o plenário da Câmara e a tendência é que seja aprovado, uma vez que agrada até mesmo os ruralistas mais radicais. Votação, no entanto, só em 2012. Isso não significa, porém, que a bancada defensora do agronegócio está parada. No início da noite de quarta-feira , os deputados Valdir Colatto (PMDB-SC), Moacir Micheletto (PMDB-PR), Homero Pereira (PSD-MT) e Moreira Mendes (PSD-RO) – principais defensores do agronegócio no Congresso – se reuniram na Comissão de Agricultura para definir quais pontos do texto aprovado no Senado, considerados como avanços pelos ambientalistas, precisam ser suprimidos da proposta final a ser encaminhada à presidente Dilma Rousseff. (Correio Braziliense)