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Cliente de banco não sabe como migrar crédito

Por falta de conhecimento sobre as regras da portabilidade, brasileiros que tentam transferir suas dívidas para outros bancos acabam sendo atraídos por aquilo que o Banco Central classifica como "portabilidade de calçada". A expressão "calçada" se refere à ação dos chamados pastinhas, profissionais que trabalham para os bancos e ficaram conhecidos por abordar clientes nas ruas. Segundo o BC, esses agentes costumam procurar os clientes com os quais j á operaram para oferecer uma nova dívida, em outro banco. A transferência, no entanto, é feita fora das regras da portabilidade. Com isso, o profissional embolsa novamente a comissão, que pode chegar a 20% do empréstimo. O cliente paga ainda os 2,5% de IOF que incidem sobre a nova operação. Essa forma de atuação é conhecida no mercado como "rouba monte", referência ao jogo de baralho em que um jogador rouba as cartas do adversário. Segundo o BC, em geral, esse profissional oferece uma prestação menor ao cliente, com um prazo maior. No final, porém, a pessoa acaba ficando mais endividada do que antes. Na portabilidade prevista na lei, não há intermediários: o cliente negocia condições mais favoráveis em uma nova instituição financeira, que faz uma transferência (TED ou DOC) para quitar a dívida no outro banco. "A portabilidade da forma que o Banco Central idealizou não é, talvez, aquela que o mercado está adotando", diz Carlos Eduardo Gomes, chefe adjunto da área de Prevenção a Ilícitos e Atendimento de Demandas do Sistema Financeiro do BC. (Agência Estado)