Herdeiro da cadeira de Eliseu Resende (DEM-MG), que morreu no último dia 2, Clésio Andrade (PR-MG) promete engrossar o bloco de apoio à presidente Dilma Rousseff no Senado. Embora tenha sido vice-governador de Minas no primeiro mandato de Aécio Neves (PSDB), Clésio, em entrevista ao Estado, deixa claro que não se alinhará ao tucano, frustrando os planos de uma futura bancada mineira exclusivamente oposicionista após a vitoriosa dobradinha do ex-governador e de Itamar Franco (PPS) nas urnas. "Não há hipótese nenhuma de eu caminhar com Aécio contra a presidente Dilma", diz, garantindo "apoio total" ao novo governo. Empresário que fez fortuna no setor de transportes, Clésio costuma lembrar que começou a trabalhar aos 11 anos, como cobrador do ônibus que deu início à empresa do pai. Atualmente está à frente de diversos negócios e não se furta a elogiar o protagonista do escândalo do mensalão, Marcos Valério, seu ex-sócio na agência de publicidade SMPB. "Ele entrou nesse processo político de querer ajudar deputado e não soube como fazer. Eu digo que o Marcos Valério tem um coração muito bom."