Depois de ganhar cada dia mais força a ideia do PSB de lançar seu nome para a disputa presidencial de 2010, o deputado federal, Ciro Gomes (CE), começou a desenhar seu caminho para as eleições.
Ciro concedeu uma entrevista nesta segunda-feira, à RBS TV, onde falou sobre a atual situação da política brasileira. O deputado afirmou que não se candidatará a nada se não for à presidência em 2010. Ciro, a cada dia que passa, começa a aceitar a ideia de sua legenda de lançar mais de um nome da base: “O governo não pode ficar só com a Dilma, é muito arriscado. Uma economia em queda expõe as mazelas do governo”, advertiu o senador Renato Casagrande (ES) na reunião da executiva do PSB, na semana passada, em referência à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O PSB acredita que se existir mais de um candidato para disputar a presidência com a oposição, é mais provável que haja um eventual 2º turno, como aconteceu no estado de Pernambuco em 2006 quando a oposição do estado lançou dois candidatos – Eduardo Campos (PSB) e Humberto Costa (PT) – contra o candidato do governo de PE, Mendonça Filho (DEM), até então favorito e apoiado pelo ex-governador, Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE). Assim, oposição conseguiu forçar um segundo turno e Campos venceu.
“A ministra Dilma não tem um projeto para 2010”, insistiu Ciro afirmando que a chefe da Casa Civil tem hoje, apenas 30% do eleitorado brasileiro, juntado o carisma de Lula com a tradição do PT. Por fim, o deputado também criticou a concentração de poder político que há em São Paulo nos últimos tempos e disse que “o Brasil, após 2010, deverá avançar e não fazer uma repetição do governo Lula”.