Nas últimas três décadas, o Brasil criou novos municípios com baixa arrecadação aumentando o número de cidades dependentes de transferências para sustentar serviços públicos, prefeitura, vereadores e outras despesas administrativas que são cobertas pelos contribuintes de todo o País. Dos 1.480 municípios criados desde 1980, apenas 28 receberam conceito A ou B na avaliação da geração de recursos próprios que compõe o IFGF. Analisando apenas os 54 criados nos últimos dez anos, o estudo atribuiu conceito D a todos eles, incapazes de gerar localmente mais do que 20% de suas receitas. A maioria das cidades tem menos de 10 mil habitantes. "O tamanho não é um impedimento para que cidades pequenas busquem maior grau de autossustentabilidade. Elas podem atrair empresas e aperfeiçoar a arrecadação", diz Guilherme Mercês, da Firjan, citando que, entre as 331 cidades que tiveram avaliação A ou B (mais de 50% de receita própria) nesse quesito, 60% são pequenas. (O Estado de S.Paulo)