A mineração chilena crescerá mais de 6% em 2011, índice acima da expansão setorial setorial alcançada no ano passado, que segundo dados preliminares foi de 1%, revelaram os empresários do setor.
As exportações mineiras alcançaram em 2010 o valor recorde de US$ 53 bilhões, disse Alberto Salas, presidente da Sociedade Nacional de Mineração (Sonami), em uma entrevista concedida a imprensa local.
O dirigente empresarial projetou para este ano uma produção do cobre de 5,9 milhões de toneladas, número superior aos 5,4 milhões de toneladas alcançadas no ano passado.
Mesmo lembrando que 2010 foi um ano complexo por conta da mudança de governo (saiu Michelle Bachelet e entrou Sebastián Piñera na Presidência), do terremoto, do acidente dos mineiros na mina de San José e da tragédia na prisão San Miguel, onde morreram 81 presos, Salas classificou o resultado do ano passado como positivo.
Apesar de todos estes obstáculos, a economia chilena registrou avanços. Criou-se mais empregos e a inflação está sob controle.
Ao fazer um balanço de 2010, Salas disse que o aporte do setor ao Estado, via tributos, alcançou os US$ 10 bilhões de 2009.
Dessa valor, cerca de US$ 6 bilhões correspondem a Corporação do Cobre (Codelco) e o restante a mineração privada.
Em relação ao preço do cobre, o principal produto chileno, o dirigente projetou US$ 3,8 por libra para este ano e US$ 3,6 para o período 2010-2012.
O prognóstico se sustenta principalmente na demanda da China, país que consome perto de 40% da oferta mundial de cobre, assim como a recuperação das economias emergentes e o paulatino crescimento dos países desenvolvidos.