O presidente do Chile, Sebastián Piñera, entregou seu segundo relatório à Nação no Congresso, em um ambiente conturbado com protestos de ambientalistas e estudantes, que rejeitam a construção de represas e exigem maiores gastos públicos em educação.
Segundo a agência Afp, em seu discurso diante do Congresso, em Valparaíso (120 km a oeste de Santiago), Piñera afirmou que o Chile não desistirá das centrais termelétricas nem hidrelétricas, mas que aplicará "com toda a força" a legislação ambiental.
Perto dali, cerca de 15 mil pessoas protestaram contra o projeto Hidroaysén, um empreendimento que prevê a construção de cinco represas que inundarão cerca de 6.000 hectares para gerar 2.750 MW e cuja construção – que terá início em 2014 – foi aprovada por uma comissão ambiental.
A manifestação, que contou com a participação de universitários que exigem mais investimentos em ensino superior e de pessoas afetadas pelo terremoto de 27 de fevereiro de 2010, terminou com violentos choques com pedras e paus entre manifestantes e policiais, que recorreram a veículos blindados lançando jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo para dissolver a manifestação.