O jornal Folha de S.Paulo publica que Lula estimula o troca-troca nos partidos e chama para si a formação de sua base de apoio no Congresso. Lula age para ter apoio de partidos da esquerda à direita, passando por um bloco de centro, o PMDB. O jornal afirma que o presidente reedita o grupo que funcionou na Constituinte de 1988 reunindo parlamentares com tendência de centro. Agora Lula teria à esquerda o PT, PCdoB e PSB e, à direita, o PP, PL e PTB. Lula tenta ainda levar para o PSB o governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS).
Para aplacar a angústia do PT, que vai perder espaços no governo, Lula disse que o PT já tem o cargo mais importante que é a Presidência da República, o que já é uma boa representação. Afirmou que o partido terá representação equivalente a seu tamanho (bancada de 83 deputados contra 89 do PMDB) O Estado de S. Paulo.
Depois de alguma hesitação, o PDT se encontra à espera de convite para apoiar o governo, como publica o jornal Correio Braziliense. A tendência do partido é voltar à base aliada, caso Lula lhe ofereça participação no governo. O líder do partido na Câmara, Miro Teixeira (RJ), definiu o que pretende: queremos alianças em torno de princípios. O candidato derrotado do partido à Presidência da República, senador Cristovam Buarque (DF), disse que o PDT não está à venda, não precisa de cargos. Tudo bobagem, além dos princípios, o PDT quer cargo sim,
No encontro com Lula na terça-feira, o líder do PTB na Câmara, José Múcio Monteiro (PE) garantiu que 95% do partido apoiavam Lula. Roberto Jefferson não apóia, mas mantém disposto a garantir a governabilidade. O partido ainda manteria sua participação no governo, através do ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia (O Globo).
Em se tratando de política nacional, a barganha por cargos é mais do que natural. Seria assim com Alckmin.