A nova divisão dos royalties do petróleo retorna à pauta da Câmara do Deputados na semana que vem, mas antes mesmo do início dos debates a condução do tema já desagrada lideranças municipais que sonham com uma distribuição "mais justa" dos recursos extraídos em alto-mar. Isso porque é forte a presença de deputados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, os chamados estados produtores, na comissão especial formada na Casa para analisar o projeto aprovado no ano passado no Senado, o que torna mais distantes as chances de desconcentração dos recursos. Até ontem, 22 nomes de titulares haviam sido definidos para integrar o grupo, sendo nove deputados fluminenses e três capixabas. Ainda faltam ser nomeados cinco nomes do PT e quatro do PMDB, partido do governador do Rio, Sérgio Cabral, que faz grande pressão para que a divisão – hoje mais concentrada nas mãos dos produtores – não sofra qualquer alteração. Ainda não foram definidos os nomes para a presidência e relatoria da comissão, mas a descrença em um resultado rápido e no apoio ao texto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PI) já é dada como certa pelas lideranças municipais. (Estado de Minas)