Dilma Rousseff foi até elegante: deu a ele a oportunidade de pedir demissão.
Assim, com o pedido, deu uma oportunidade a Lupi de ser elegante. Pelo menos na saída.
Carlos Lupi, desde de março, já estava na mira do Palácio por conta de denúncias envolvendo o registro de sindicatos.
Aos poucos, sua autonomia foi sendo cortada e ele ficou tendo um papel periférico.
Com o surgimento de novas denúncias, sua situação ficou insustentável e isolado no próprio partido.
No entanto, o governo não queria aceitar a imagem de atuar a reboque da imprensa.
Desde o começo do governo Dilma, sete ministros saíram.
A maioria esmagadora foi por conta de denúncias trazidas pela imprensa.
Não foi diferente com Lupi. A demora em sua demissão se deu pelo fato de que ele é presidente do PDT e – nos dias de hoje – controlador do partido.
Outro fator complicador é que o ministério do Trabalho é alvo de disputas entre as centrais.
Provavelmente, o novo ministro não deve ser ligado a nenhuma delas. Nem à CUT nem à Força Sindical.
A escolha do novo ministro deve ficar para janeiro. Até lá ficará um interino.