Eduardo Campos se comprometeu a destinar 10% da receita da União para a saúde, caso seja eleito, o que significaria investir cerca de R$ 40 bilhões a mais por ano no setor. Outra promessa do candidato, terceiro colocado nas pesquisas (8%), que tem investido em propostas populares para tentar avançar. Campos argumenta que aumentar os repasses para a saúde é uma questão de prioridade e que a má condução da economia pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) faz com que falte dinheiro para setores estratégicos. Citou o saneamento do sistema financeiro por meio do Proer e assistência ao setor elétrico como soluções para as quais foi fácil encontrar recursos. Segundo os especialistas em finanças públicas, o orçamento está engessado há mais de 20 anos por pagamentos a pessoas integrantes de programas sociais. Pouco sobra para investimentos, em infraestrutura, por exemplo. Campos não explicou de onde virão os recursos.
A destinação de 10% da receita corrente bruta da União para a saúde é uma reivindicação antiga do Movimento Saúde+10, que reúne dezenas de entidades do setor e chegou a apresentar um projeto de lei para regulamentar a questão por meio do Congresso, mas, no ano passado, o Ministério do Planejamento disse que não há recursos para isso. Um pacote de promessas lançado nesta semana por Campos inclui um projeto de criar a carreira federal dos médicos, e construção de 100 hospitais e 50 maternidades. Na semana passada, ele disse que implantará o passe livre estudantil e universalizará o ensino de tempo integral.