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Caixa não sabia da fraude no PanAmericano

O Banco PanAmericano era e continua sendo um ótimo negócio para a Caixa Econômica Federal (CEF), garante Márcio Percival Alves Pinto, vice-presidente de Finanças da Caixa e o principal representante da instituição nas negociações com o Grupo Silvio Santos para a compra de participação no PanAmericano. A operação foi concluída no fim de 2010 e reaberta em janeiro deste ano para a entrada do BTG Pactual, depois da descoberta de um rombo adicional de R$ 2 bilhões no banco. As investigações no ano passado já haviam mostrado um buraco de R$ 2,3 bilhões originado por um sistema engenhoso de fraudes contábeis e operacionais. A fraude, que foi rastreada e detectada pelo Banco Central em agosto de 2010, está sob investigação da Polícia Federal (PF). A Caixa abriu processo administrativo contra o Grupo Silvio Santos e outro, no Conselho de Arbitragem, contra o Banco Fator, encarregado da operação. Os passivos trabalhistas estão sendo levantados, mas esses são de total responsabilidade do Grupo Silvio Santos. A Caixa, porém, não dá detalhes desses processos. Percival disse que parou de falar sobre o assunto depois de prestar informações e dar explicações no Congresso Nacional. Por ter sido uma negociação polêmica, por causa da descoberta de fraudes no meio do caminho, a participação do banco federal no PanAmericano foi objeto de interpretações diversas e muitas discussões. "Quando fica poluído, muita informação, muita discussão, você não é mais escutado", comentou. (Valor Econômico)