O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) resolveu apertar as empresas e firmou compromisso para que não adotem medidas irreversíveis até que seus processos de fusão sejam analisados pelos órgãos de defesa da concorrência. Foi o que aconteceu com as empresas Gol e Webjet (do setor aéreo) e Amil e Dasa (de saúde). Segundo o Cade, o acordo com Gol e Webjet foi necessário porque o setor aéreo brasileiro é extremamente concentrado e a operação envolve um serviço fundamental para a população. De acordo com o conselho, há rotas com concentração superior a 40%, como é o caso de Guarulhos (SP)-Porto Alegre. Em 2010, por exemplo, a Gol transportou 25,9% dos passageiros nessa rota, enquanto a Webjet transportou 19,3%. "Por se tratar de um setor que apresenta elevado nível de concentração, bem como por ser um serviço fundamental para o desenvolvimento do país e redução das desigualdades regionais, visto que é responsável por grande parte do turismo de negócios e de lazer, o Cade e as requerentes concordaram que seria adequada manter a reversibilidade da operação", diz a nota do Cade. (O Globo)