O ex-governador de São Paulo José Serra bem que tentou passar a imagem de união com o atual governador, Geraldo Alckmin, ontem na eleição do diretório paulista do PSDB. Os dois até acertaram chegar juntos, no mesmo carro, com Serra ao volante e Alckmin no banco do passageiro. Mas a guerra interna deflagrada entre os tucanos paulistas adiou as definições do encontro para a quinta-feira. E mais, pode forçar o ex-governador a voltar à Prefeitura de São Paulo no ano que vem. Alvejado pelas críticas de aliados de que estaria se omitindo diante da criação do PSD e até incentivando a migração de políticos aliados para o novo partido, o cacique tucano aposta na possibilidade de atração da nova legenda para conseguir manter o controle dos rumos dos tucanos em 2012. Depois de assistir à fuga de variados aliados para o PSD, incluindo a parcela do DEM liderada por Kassab e Jorge Bornhausen e seis vereadores tucanos de São Paulo, Serra se movimentou nos últimos dias com o intuito de negar influência sobre as decisões dos políticos próximos. Mesmo assim, mantém na nova legenda uma importante linha política auxiliar para 2014. A guerra interna deflagrada no DEM e no PSDB pelo controle das legendas, já com vistas às eleições de 2014, só deve ter um desfecho na convenção nacional tucana, marcada para o final do mês.