Com o Fundo Monetário Internacional nas mãos dos europeus e os americanos insistindo em manter o controle do Banco Mundial, países emergentes se preparam para brigar pela direção da Organização Mundial do Comércio (OMC) e, assim, tentar equilibrar o comando da governança global. Não há eleição na entidade. Um comitê de três membros faz consultas junto aos países para aferir o consenso em torno dos candidatos. No fim do processo, sugere um nome. A decisão, desta vez, acabará sendo do G-5 – Estados Unidos, União Europeia, China, índia e Brasil. Dificilmente europeus e americanos aceitarão um chinês, porque Pequim é fonte de boa parte das disputas comerciais. A índia, por sua vez, quer recriar o G-77, com países em desenvolvimento, posição que dificulta o entendimento com as nações desenvolvidas. Resta o Brasil. Há a expectativa, em Genebra, de que Brasília lance o nome de seu embaixador na OMC, Roberto Azevedo. (Valor Econômico)