O Brasil senta hoje no banco dos réus dos direitos humanos. O País passará por uma rodada de monitoramento por meio da Revisão Periódica Universal (RPU) do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra. Sexta economia do mundo e novo interlocutor da política internacional, o Brasil é exemplo de paradoxo. Com mais de 16 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema, enfrenta acusações de impunidade, abuso policial, ameaças contra juízes, racismo, violência, tortura, trabalho escravo e saúde e educação precárias. A avaliação será conduzida pelos 47 Estados-membros do CDH. Três relatores vão elaborar um documento final. Pernambuco, citado no relatório, estará representado na reunião pelo Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), que goza de status consultivo na ONU e será a única entidade do Nordeste no evento, ao lado de Conectas (SP) e Justiça Global (RJ). O governo brasileiro enviará delegação diplomática para se defender das denúncias. Todos os 193 países que integram a ONU são obrigados a passar pela RPU. (Jornal do Commercio)