Duas décadas após o fim de uma reserva de mercado na qual era completamente proibido importar bens de informática, o que resta do arcabouço legal que protegia a indústria nacional é a tarifa de importação de 35% para produtos acabados. é a taxa mais elevada permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para manufaturados, aplicada pelo governo a setores "sensíveis", como eletroeletrônico, automotivo e telecomunicações. Essa política, instituída em 1984 e encerrada em 1992, deixou o Brasil para trás em termos de transferência e absorção de tecnologia em montagem microeletrônica, arquiteturas de hardware e desenvolvimento de software. O fim da reserva total permitiu, entre outros benefícios, o livre acesso da mão de obra especializada a recursos laboratoriais de ponta. Mesmo com essa relativa liberalização, o consumidor brasileiro ainda precisa contar com fornecedores locais, a menos que importe os produtos e recolha o imposto da compra. (O Globo)