Brasil, Rússia, China e índia raramente cantam em conjunto em qualquer grande organização. Quando o fazem, é quase sempre por iniciativa do governo brasileiro. Em geral, cada qual segue uma partitura própria, baseada em sua concepção de interesse nacional. O espetáculo mais barulhento é sempre o do Brasil, como ocorre, agora, na discussão sobre a cartilha do controle de capitais. A China, segunda maior economia do mundo e grande receptora de investimento externo, preferiu, como sempre, perfil baixo e participação discreta. Falando em nome de seu país no Comitê Monetário e Financeiro do FMI, no sábado, o vice-presidente do Banco da China, Yi Gang, deu destaque ao novo papel de supervisão multilateral do Fundo, insistindo na recomendação de uma vigilância ampla e justa. A instituição, segundo ele, deve atualizar seu esquema de supervisão "para cobrir as políticas fiscal, monetária, cambial e macroprudenciais, assim como as políticas estruturais, tais como a gestão do fluxo de capital e a política trabalhista".