Se o dólar barato é visto como inimigo por boa parte da indústria, tornou-se um aliado de peso às empresas nacionais que veem boas oportunidades de crescimento fora do país, seja por meio da aquisição de fábricas, seja pela construção de unidades produtivas. Dados do Banco Central mostram que o avanço das multinacionais brasileiras tornou-se um processo irreversível. E é nos Estados Unidos, que enfrentam um forte processo de desaceleração da economia desde 2008, onde o capital verde-amarelo mais está ficando raízes. Nos primeiros dois meses do ano, US$ 1 bilhão deixaram o Brasil. Desse total, US$ 252 milhões, ou 25%, foram para a terra do Tio Sam, na qual a presidente Dilma Rousseff desembarcou ontem para um encontro oficial com o presidente Barack Obama. Em 2011, dos US$ 15 bilhões enviados ao mercado internacional, US$ 2,6 bilhões foram aplicados em negócios nos EUA – pouco mais de 1% dos US$ 228 bilhões em investimentos recebidos pela maior economia do mundo. (Correio Braziliense)