O governo Evo Morales subiu em 23% o preço do açúcar que vende através da estatal Empresa de Apoio a Produção Alimentícia (Emapa) com objetivo de frear a especulação no mercado interno.
Um comunicado da Emapa assinalou que o preço do quilo do açúcar subiu de US$ 0,61 para US$ 0,75.
Segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI), o gerente geral da empresa, álvaro Rodríguez, justificou o aumento dizendo queo objetivo é conter os “especuladores” e “intermediários” que compram o açúcar do Estado por um preço menor e revendem por um valor superior.
Nos últimos dias, a população tem tido dificuldades para encontrar o produto nos mercados bolivianos, onde os preços são elevados, enquanto que diariamente se observa longas filas para adquirir o produto nas tendas vendidas pelo Estado.
O governo e os empresários bolivianos começaram a importar açúcar da Colômbia e Brasil para amenizar a escassez interna que, segundo as autoridades, foi ocasionada pelo contrabando do produto e a baixa produção causada por fatores climatológicos.
A estratégia do governo ao tentar responsabilizar os supostos especuladores e intermediários pelo aumento no preço do açúcar é evitar que pressões sociais sejam realizadas sobre o presidente Evo Morales por conta da falta do produto no mercado.