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Beto Albuquerque será vice do PSB. Marina sinaliza diálogo com o agronegócio

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A escolha de Beto Albuquerque para vice na chapa de Marina Silva é uma demonstração de que só quem não a conhece pode carimbá-la como inflexível. Beto é um dos melhores quadros do Congresso, estudioso e mais de uma vez escolhido pelos jornalistas como o melhor parlamentar do ano. Foi líder do governo Lula e secretário dos governadores Olívio Dutra e Tarso Genro para o setor de Transportes, que conhece como poucos. Beto Albuquerque é próximo do agronegócio, o setor da economia com o qual a nova cabeça de chapa do PSB tem grandes dificuldades de diálogo. Nas eleições de 2010, no Centro-Oeste e no Sul, onde é mais expressiva a presença dos negócios agrícolas, Marina foi menos votada que Dilma e Serra. Ao sancionar o nome de seu companheiro de chapa, Marina sinaliza que embora defenda princípios de uma política ambientalista sustentável, não tem vetos ao segmento da economia responsável pela maior receita da balança comercial.
O deputado socialista tem bom trânsito em vários setores, como o das empreiteiras e dos pequenos produtores agrícolas. Foi Beto quem fez a ponte entre Eduardo Campos e os grandes empresários agrícolas do Rio Grande do Sul, onde o PSB fez aliança com o candidato a governador José Ivo Sartori, do PMDB de Pedro Simon. Se o ponto de vista do agora candidato a vice tivesse prevalecido, o partido de Campos teria fechado com a jornalista Ana Amélia Lemos, líder das pesquisas na disputa pelo Palácio Piratini com 39% segundo o Datafolha de 14 de agosto.