O presidente Lula jantou neste domingo com o primeiro-ministro da Bélgica, Herman Van Rompuy, em Bruxelas, para assinar atos entre os dois países sobre investimentos em portos. Os representantes de Estado também falaram sobre crise, Rodada Doha e, em um tom mais descontraído, sobre Copa do Mundo.
O Primeiro-ministro belga iniciou o encontro elogiando Lula pelo fato de o Brasil ter demonstrado, durante a crise internacional, ter uma das economias mais solidas do mundo. "A crise financeira afetou todos nós, mas a força do seu sistema bancário, a capacidade do seu mercado interno e as medidas que seu governo tomou minimizaram o efeito no Brasil. E então o tsunami foi reduzido a uma 'minúscula onda', como você mesmo disse", afirmou o primeiro-ministro.
Rompuy aproveitou o momento para ressaltar que, devido à força em que a crise atingiu, a Bélgica vai a economia precisar do Brasil, começando por unir forças para que a Rodada Doha seja retomada. “Estamos ansiosos para que a Rodada dê resultados o mais cedo possível. Assim, eu lhe peço que continue seus esforços para persuadir todos os outros parceiros para que se chegue a um resultado favorável”, afirmou reforçando que a Bélgica precisa muito mais que o Brasil do acordo de Doha. A expectativa é que a economia belga encolha 4,4% neste ano.
Ele também reconheceu os esforços do governo brasileiro durante as disputas para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 e fez um pedido especial a Lula: apesar do futebol sem grandes estrelas, a Bélgica quer, junto com a Holanda, sediar a Copa do Mundo de 2018. "Seu apoio é muito importante para nós", destacou.