O Banco Central (BC) confirmou as expectativas do mercado e cortou, pela sexta vez seguida, os juros básicos da economia em 0,75 ponto percentual, reduzindo a Selic para 9% ao ano, a mais baixa desde abril de 2010. A decisão unânime era esperada por praticamente todos os analistas do mercado financeiro e aplicadores. No entanto, os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) inovaram mais uma vez, pois, no comunicado divulgado após a reunião, não deram pistas claras de quais serão os próximos passos na condução da política de juros. Depois de 28 meses, o Brasil deixou a liderança do ranking dos países que pagam os maiores juros reais do mundo, sendo superado pela Rússia. Com o novo corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, a Rússia assumiu a primeira posição, com uma taxa real (descontada a inflação) de 4,2% ao ano, enquanto o Brasil caiu para a segunda posição, com 3,4%. Elaborado pela Cruzeiro do Sul Corretora, o ranking mundial leva em conta os juros praticados em 40 países, classificados de acordo com as taxas nominais determinadas pelos bancos centrais e as projeções de inflação futura. (O Globo)