O Banco Central (BC) deu prazo até o fim do mês para que os bancos Econômico e Nacional – que estão em liquidação desde o Proer dos anos 90 – informem como quitarão o débito de R$ 44,7 bilhões com a instituição. Este valor embute um desconto considerado "bem generoso" pela autarquia. Foi autorizado pela Lei do Refis da Crise, mas só será concedido se os bancos negociarem o parcelamento do débito com a autoridade monetária. Sem o desconto, a dívida chega a R$ 62,6 bilhões, valor que será cobrado na Justiça pelo governo, caso não haja acordo. Os bancos insistem em pagar as dívidas com o BC com créditos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). Só que os advogados do governo consideram que esse papel é apenas um reconhecimento de dívida e não um título público que poderia ser aceito para quitar os débitos. O Parlamento tentou abrir essa possiblidade de quitação. Incluiu o dispositivo em uma lei, vetado pela presidente Dilma Rousseff em junho do ano passado. (O Globo)