Os bancos públicos vão financiar quase 70% do novo empréstimo de R$ 6,6 bilhões às distribuidoras para cobrir o aumento de custos da energia elétrica no mercado de curto prazo (R$ 809 o megawatt hora). No primeiro empréstimo, em abril, os bancos públicos entraram com R$ 5 bilhões dos R$ 11,2 bilhões, cerca de 45% do valor usado para socorrer as distribuidoras e evitar um repasse imediato do custo aos consumidores. Até o momento, oito bancos confirmaram participação no consórcio que financiará a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O custo do novo financiamento será mais elevado do que a operação montada em abril.
Pela primeira vez, o Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES) participará do pool, liberando R$ 3 bilhões. Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual e Citibank financiarão R$ 3,6 bilhões. Essa composição ainda pode mudar, informou o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli. Não haverá novas operações de crédito para o setor elétrico, disse ele. Com o anúncio de ontem, o montante colocado à disposição das distribuidoras em 2014 subiu para R$ 17,8 bilhões. Trata-se de previsão difícil de se cumprir, a não ser que a correção da tarifa fique em patamares muito altos, insuportáveis para a popularidade da presidente Dilma. Infográfico Folha de S. Paulo.