Com a maior representação que já teve na Câmara – uma bancada de 74 deputados -, e no rastro das suspeitas contra o ministro Antonio Palocci, que fragilizou o Palácio do Planalto, parlamentares evangélicos aproveitam a crise para tirar o maior proveito e conseguir fazer prevalecer seus interesses no Congresso. Depois de conseguir barrar a distribuição do que chamou de kit gay, a pressão se volta agora contra o projeto que criminaliza a homofobia. Mas não para aí. A bancada evangélica está em outro front. Agora, contra o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Querem um capelão evangélico no ordinariado militar, hoje ocupado por um arcebispo católico, dom Osvino Both. O posto é de arcebispo militar. Agendado para encontro com Jobim, semana passada, o grupo levou um chá de cadeira e, rebelados, os deputados e senadores da comitiva foram embora. – Agora, se o ministro quiser tratar do assunto, que nos ligue – disse o líder da bancada evangélica, João Campos (PSDB-GO), aos assessores de Jobim. (O Globo)