O Brasil encerrou os primeiros sete meses deste ano com um pequeno superávit na balança comercial do setor de petróleo, revertendo o déficit de US$ 632 milhões obtido em igual período de 2010. O superávit de US$ 59 milhões foi obtido com ajuda das exportações do óleo bruto, porque o déficit na importação de derivados aumentou 22,6% em relação ao mesmo período do ano passado e chegou a US$ 3,73 bilhões, segundo dados organizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), com base nas estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A importação de petróleo também cresceu, mas menos do que as vendas externas de óleo bruto. Apesar do aumento nas exportações de derivados (US$ 5,74 bilhões de janeiro a julho contra US$ 4,03 bilhões do ano passado), a demanda interna por combustíveis – principalmente gasolina – e a escassez de refinarias em solo nacional pressionaram a busca pelos produtos fora do país. Até julho, o Brasil importou US$ 9,48 bilhões em derivados, 33,7% mais do que no mesmo período de 2010. E a tendência é de alta: enquanto na média dos primeiros três meses do ano o país comprou US$ 955 milhões para abastecer o mercado, de maio a julho a demanda subiu para US$ 1,66 bilhão. (Valor Econômico)